terça-feira, 18 de setembro de 2007

A origem do anti-sionismo de esquerda

As origens históricas para tanto para o "anti-sionismo e anti-semitismo de esquerda" tem suas origens na independência de Israel, em 1948. A União Soviética (URSS) apoiou inicialmente a Resolução 181 da ONU que estabeleceu a partilha da Palestina, devido as raízes socialistas de Israel, mas rapidamente mudou de posição e passou a apoiar os esforços dos países árabes contra Israel e também financiar os inimigos de Israel.

Nos últimos anos em que Josef Stalin liderou o regime soviético, o anti-semitismo e o anti-sionismo foram o pretexto para o lançamento de mais um expurgo contra os judeus. Ele ficou conhecido como a "Conspiração dos Médicos", em que judeus filiados ao Partido Comunista da URSS foram acusados de orquestrar um plano para matar Stalin. Uma mentira inventada por um homem de uma mente insana e obcecada patologicamente pelo poder como Stalin. Após a morte de Stalin, em 1953, a "conspiração" foi denunciada como uma farsa.

Entretanto, na década de 60, surgiu uma pretensa social criada nas universidades soviéticas com o intuito de gerar uma vasta literatura anti-semita e anti-sionista. Valendo-se de informações falsas e pretensas conspirações judaicas, apresentava-se o sionismo como um plano maligno e desenvolvido por Israel para dominar toda a região do Oriente Médio em nome do Capitalismo e do "Imperialismo". Era a chamada "Sionologia". Até hoje a esquerda utiliza estas idéias para defender "o fim do Estado de Israel"

O Sionismo, o movimento nacional pelo regresso do povo Judeu a Sion, e sua auto-determinação ali, formado sob uma forte influência esquerdista e socialista, foi deturpado de acordo com a política do partido comunista. No seu livro de 1969 Cuidado! Sionismo, um dos principais Sionologistas, Yuri Ivanov definiu-o como a "ideologia de organizações informalmente confeccionadas, e prática política da burguesia Judia, conectada com esferas monopolistas nos EUA. O Sionismo põe em andamento o chauvinismo militante e o anti-comunismo".

Nival Junior 8 jan Muitos historiadores afirmam que a resolução 3379 da Assembléia Geral da ONU, de 10 de novembro de 1975 que rotulava o Sionismo como "racismo" foi orquestrada pela URSS. Essa estúpida resolução teve apoio dos países muçulmanos que não tem relações diplomáticas com Israel e os países não-alinhados. Ela foi anulada pela Resolução 4686 da Assembleia Geral das Nações Unidas em Dezembro de 1991, coincidindo com o colapso da URSS.

As semelhanças entre o discurso sionologista e as teorias anti-semitas dos tempos da Rússia Tzarista não eram diferentes. A sionologia aproveitou-se do anti-semitismo que era culturalmente arraigado na Rússia, acrescentando à "ciência social" uma componente de luta de classes onde os judeus eram apresentados como os fomentadores do capitalismo e como criadores de uma situação de exploração social.

As "idéias" sionolgistas formaram boa parte das lideranças árabes da segunda metade do século XX e fazem parte até hoje dos argumentos de ataques de partidos de esquerda contra Israel.

Um cordial Shalom,
Yigal Mordechai (יגאל מרדכי)

Um comentário:

Blog do Jaques O. Carvalho disse...

Olha a discussão que está rolando lá na comunidade “Judeus de Esquerda”:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=9722825&tid=2575278533318916703
Quero vc lá participando!